Crônicas

O Chafariz

Altaneiro destaca-se no centro da praça centenária o belo chafariz.
Edificado em sólida alvenaria, de forma quadrangular, ostenta bacias em formato de conchas esculpidas em granito, dispostas em três faces do monumento, para armazenar a água.
Sobre cada concha sai bica de ferro que faz jorrar a água. 
Uma inscrição lembra a data  de construção: 1869, ainda no Império.
Longe se vai bela época em que as senhorinhas vinham buscar o líquido precioso para suas casas. Cavaleiros e tropeiros achegavam-se ali para matar sua sede e dar de beber aos animais. Garotos que brincavam ao redor da linda fonte.
Afetuosos casais de namorados assentados na relva à beira do chafariz.
Quanto encanto, quanta saudade do que este chafariz já proporcionou.
O tempo passa, porém lá  no centro da praça está ele firme e belo como que a dizer:
"venci o tempo, as tempestades, o inverno, o outono, o verão e a primavera, a brisa mansa, trago uma infinidade de recordações... Vi o Império, a realeza, a escravidão, os sábios, doutores, crianças, jovens e  muitos e muitos provaram da minha água.
Ofereci minha sombra ao viajante cansado que aqui parou para descansar...
Enfim, aqui estou, sou motivo de glória, destaque e imponência.
Hoje, ao meu redor existem bancos, que acolhem as pessoas a descansar e meditar, enamorar... crianças brincam, como nos velhos tempos...
O jardim abre-se em flores alegres a me homenagear: querido chafariz !"


Reminiscências ...

Momentos agradáveis sempre os passamos em nossa infância, nossa adolescência, nossa juventude, nossa fase de adultos...
Tudo o que nos rodeia traz-nos lembranças. 
Outro dia, revendo uma fotografia dos idos de 1966, minha memória foi repentinamente tomada de grande alegria...
Eu estava ali, em meio à grande aglomeração de gente.
Era uma tomada fotográfica em que "aparecia" a Estação ferroviária de Cristina, com uma composição de trem mixto(locomotiva maria-fumaça e vagões de carga e de passageiros) e grande número de pessoas, aglomeradas na plataforma, para "receber" o comboio ferroviário.
Eu estava ali, tão presente como se agora o estivesse.
A fotografia era em "preto e branco", porém, na minha memória parecia colorida...
Colorida, como a mata no topo da montanha, colorida como a folhagem ao redor da estação ferroviária, colorida como a paisagem cristinense, colorida como deve ser a nossa memória ao lembrarmos de tantas passagens bonitas acontecidas na nossa vida...

 

A cidade e suas pitorescas figuras populares...



Ainda recordo de pessoas que viveram, no centro urbano ou no meio rural, da cidade de Cristina, que acabaram se tornando figuras "populares" - pitorescas, de todos conhecidas.

Quem não se recorda do "Messias", mulato matuto (vivia sempre ébrio) que, nas procissões, saía à frente da banda de música, requebrando e dançando...

Também havia o "Lazinho" "coveiro" - boníssimo indivíduo, que, por qualquer valor se submetia a executar qualquer tipo de trabalho, inclusive o de "coveiro" no Cemitério local, para a realização de sepultamentos...Quem não conheceu o "Tiãozinho da Santa Casa", indivíduo mulato, de pequena estatura, que auxiliava com seu trabalho às freiras cuidadoras da Santa Casa de Misericórdia... Fazia de tudo, ia a todos os lugares, todos os cristinenses o conheciam...

E o "Coquinho", filho de D.Ana Belisário. Ele trabalhava no "Empório", uma organização comercial que existiu na década de 1960. Figura conhecidíssima, era sempre solícito e alegre e prestativo.

Havia, também o "Mudinho - Blandino". Era este cidadão, mudo e cego, com apenas uns 05 (cinco) por cento de visão (?), natural e morador no bairro da Glória. Andava pela cidade toda, pedindo esmolas e solicitando alimentos. Quando alguém dava-lhe "dinheiro" em cédulas e/ou moedas, ela "observava" bem, apalpava-as e, voltando-se para a pessoa, mostrava com os dedos das mãos a quantidade que correspondia ao respectivo valor contido nas cédulas e/ou moedas. Sábia percepção... não?

E o "Seu Serafim", cidadão tranquilo e educado, que trazia à cidade verduras, frutas e legumes, acondicionados em caixas, numa carrocinha. Todos (ou quase todos) compravam os produtos fresquinhos de Seu Serafim. Naquele tempo ele já praticava o que, nos dias atuais, chamamos de produtos "orgânicos". Que beleza de exemplo.

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 Veja a seguir um documento que atesta a existência do "Barão de Christina"
BARÃO de CHRISTINA

Decreto Registrado no Livro XII, Pag. 161, Seção Histórica do Arquivo Nacional. Não há Brasão registrado no Cartório da Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil.
Autor: Anibal de Almeida Fernandes, 7º neto de Manoel Gonçalves da Fonseca e Antonia da Graças, Junho, 2010.

Francisco Ribeiro Junqueira, Barão de Christina a 25/9/1889n. 29/6/1841 em Christina, MG, é 11º filho de Antonio José Ribeiro de Carvalho e de Helena Nicésia de Andrade Junqueira, que é filha dos Barões de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira e Ignácia Constança de Andrade.
O Barão de Christina é neto do Barão de Alfenas.
O Barão de Christina é bisneto de João Francisco Junqueira, o Patriarca dos Junqueiras, bat. a 14/11/1727, na Freguesia de São Simão da Junqueiraque adota como sobrenome situada no Termo de Barcelos, arcebispado de Braga, Portugal, faleceu a 5/4/1819, em São Tomé das Letras, MG, onde está enterrado. É filho de João Manoel, a 19/5/1720 c.c. Ana Francisca. João Francisco Junqueira casou comHelena Maria do Espírito Santo, (nascida em 1737, São João d'El Rei, falecida em 1810), que é neta de Antonia da Graça (3 Ilhoas) e Manoel Gonçalves da Fonseca, casados na Capela do Cajurú, MG, em 1758.
Portanto o Barão de Christina é 4º neto do casal Antonia da Graça (3 Ilhoas de Minas Gerais) e Manoel Gonçalves da Fonseca, que são 7ºs avós de Anibal.
O Barão de Christina era conhecido como tio Chiquinho da Cachoeira.
O Barão de Christina foi casado com Laureana Constança Gomes dos Reis (Yayá), n. 27/12/1844 em São José do Barreiro, f. 18/1/1912, que é 6ª filha de Joaquina Constança c.c. o Major João Gomes de Siqueira Reis, é neta-materna de João Manoel de Souza Arantes, Patriarca do Tronco Arantes-Cunha e é 4ª neta de Domingos de Arantes (6º avô de Anibal) e 11ª neta materna de João de Arantes, o 1º Arantes, n. cerca de 1460, Portugal, (13º avô de Anibal), que está registrado no trabalho Nantes ou Arantes ou D'anantes, que hoje He Arantes de autoria do Padre Marcelino Pereira que viveu no século XVIII e que faz parte do Nobiliário “Coleção de Memórias Genealógicas”, (2º volume), manuscrito nº 876 do Arquivo Distrital de Braga, desde 1488 Condestável de D. João II, 12º Rei de Portugal, (Condestável[1]).
O Barão de Christina era proprietário da fazenda Cachoeira, em Silvestre de Minas.
O Barão de Christina faleceu em Carmo de Minas, Comarca de São Lourenço, no Estado de Minas Gerais, no dia 20/2/1921, aos 79 anos de idade.
O Barão de Christina e Laureana Constança Gomes dos Reis (Yayá), tiveram 3 filhos:

1º) Miguel, fal. solteiro.
    2º) Joaquina Nicésia, c.c. seu primo Gabriel Francisco Ribeiro Junqueira, tiveram 5 filhos:
          Joaquim, Helena, Stela, Maria José, Álvaro.
    3º) Pedro, (*14/7/1864 em Barreiros, SP, + 26/2/1900 em Campos, MG) c.c. Ana Ribeiro dos Reis, tiveram 3 filhos:
         Francisco Pedro, Petronilha e José Pedro.

Fontes, pesquisadas para documentar esse trabalho:
A Família Junqueira, Frederico de Barros Brotero, 1ª Edição, pgs. 8, 9, 257, 667.
Anuário Genealógico Latino, Vol. 4, pg. 72. Anuário Genealógico Brasileiro1º Anno, pgs.: 37 a 58; pg. 106 e pg. 169. E AGB do IX Ano, pg. 142.
Revista Genealógica Latina: As Ilhoas, José Guimarães, pgs. 65 a 83, Vol., XII, 1960.
A Família Arantes, Américo Arantes Pereira, Legis Summa, 2ª Edição, 1993.
Efemérides de São João d’El Rei, Sebastião de Oliveira Cintra.
Crônica de Outrora, Antonio de Almeida Prado, Editora Brasiliense, 1963.
Titulares do Império, Carlos Rheingantz, 1960.
Dicionário das Famílias Brasileiras, Cunha Bueno/Carlos Barata, Brasília, 2000.
Helvetia Polo Internacional, Ano 2, nº 4, Setembro, 2002.
A Família Junqueira, José Américo Junqueira de Mattos, 2004, pgs: 1311 a 1442.
Os Carvalho Duarte no Sul de Minas (atualizado em 06-Abril-2008)








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